sábado, 21 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Papo de elevador

No edifício que trabalho, além de clínicas médicas e exames radiográficos, há também clínicas estéticas. No elevador indo embora, paramos no 9° andar, onde fica um centro estético de micro-intervenções. Entra uma Coroa, aparentando 50 anos, muito enxuta, cheirando a Dior e com bolsa Victor Hugo. Ao lado, uma outra senhora, calça de lycra preta, sandália rasteira, bolsa simples, pelo rosto parecendo mais velha que a primeira.



A Coroa diz: " Semana que vem, assim que chegar, eu venho colocar. Deve vir dos EUA, acho que vai ficar uns R$ 6 mil."


A Amiga: "Nossa, você vai vir mesmo? Caro hein?"


A Coroa: "NADA, BOBA..."


A Amiga então abriu um sorriso literalmente amarelado, sem graça sem dúvida, mas sem querer deixar transparecer à Coroa, que para ela, os R$ 6 mil pareciam impossíveis. Talvez imaginasse, caso desse o braço a torcer, que perderia a consideração da Coroa, de Dior e Victor Hugo.


Futilidade, falsidade e desigualdade. "Eta vida besta meu Deus!