sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rádio Inconfidência: Liberdade ainda que tardia?


Jornalista Desirée Miranda fala sobre o braço forte do governo na direção da rádio, em evento comemorativo aos 40 anos da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas.




(Foto por Letícia Gloor - reportagem por Francisco Soares e Rodrigo Antunes)




A FCA (Faculdade de Comunicação e artes) da PUC Minas realiza esta semana uma série de eventos e atividades, comemorando seus 40 anos de fundação, entre os quais, o “13 convida”, no qual ex-alunos da faculdade foram convidados a conversar com o corpo acadêmico sobre formação, mercado, carreira e demais experiências. Entre os convidados na última quarta-feira pela manhã, a faculdade recebeu a jornalista Desirée Miranda, da rádio Inconfidência, que em bate-papo descontraído com os alunos do 4º período de Jornalismo, confessou a dificuldade de trabalhar em um veículo estatal, passível de restrições e censura pelo governo.
Desiree Miranda formou-se em 2002 em Jornalismo na PUC-MG. Após um tempo de inatividade, trabalhou em assessoria de imprensa, até prestar concurso para vaga na rádio Inconfidência. O salário não animava (R$ 840,00- de início), mas pela vontade de atuar em uma área da qual tinha prazer e pela estabilidade que a rádio poderia proporcionar, julgou valer à pena. Já faz seis anos desde que foi efetivada, confessando dentro deste período, ter na forma “promíscua que o jornalismo e o poder se relacionam”, segundo suas palavras, a maior dificuldade.
Na rádio Inconfidência, ainda segundo Desirée, a partir do movimento de moralização do serviço público, que exigiu que profissionais de instituições públicas, como a rádio, fossem concursados, iniciou-se forte pressão do governo, a fim de dirigir pautas e enfoques das reportagens, cerceando a liberdade dos profissionais na produção de suas matérias. Desiree acredita que há um erro de pensamento quando se entende uma rádio estatal, como uma rádio do governo, já que a Inconfidência tem 75 anos, e vários foram os governos que passaram por seu comando.
Apesar das dificuldades a jornalista acredita que, aos poucos, a mentalidade das diretrizes da rádio, vai mudando, e já sente hoje que o próprio público reconhece estas suaves mudanças de postura que tenta, junto com demais colegas, implantar.

domingo, 18 de setembro de 2011

Os paradoxos

por Rodrigo Antunes e Francisco Soares


Enquanto Dilma continua sua faxina ministerial, os jornais dão notícia de um colégio público, que no país sem educação, teima em ser bom. Confira os comentários da semana por Rodrigo Antunes e Francisco Soares!