Saca-se num rompante a adaga do descrer.
Vê-se à sombra do amor, o ódio a se erguer.
Atira-se contra o patrimônio conquistado sem à mente ferver!
Mas arrepende-se, de repente, tal como é o florescer.
Mede de um pensamento a lembra que eu arfante
outrora quis por fim,
Mas mede da estrela, imenso, o arrependimento
Que estrema unção sede a mim.
Eu quis ser o brio do conquistador,
O cético cheio de amor,
Quis ser a estrela e lua que brilha de manhã.
Eu quis ser o louco lúcido,
O sol em pleno crepúsculo,
Mas sou nada, sou apenas afã!
Nota:
Este soneto me lembro ter sido o primeiro que trabalhei de forma mais dura. Tinha 13 anos quando apresentei-o em uma prova de literatura. Já nessa época ficava claro como a dualidade era marca forte do que eu sou. Nunca mais escrevi sonetos tão duros. Preferi falar de amor.
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